26 de Maio: Dia de Prevenção do Glaucoma
Já falamos muito aqui no blog do COA sobre o glaucoma e como preveni-lo. Esse é mais um texto sobre o assunto, já que não pretendemos parar de falar sobre ele tão cedo. O glaucoma é a causa mais comum de cegueira irreversível no mundo e a segunda causa de cegueira, após a catarata.
Estima-se que cerca de 10% das pessoas após os 40 anos apresentam uma pressão intraocular acima do limite máximo normal, que é 21 mmHg, o que já justifica pelo menos um acompanhamento. A prevalência da doença é ao redor de 2% acima dos 40-50 anos e aumenta com a idade.
Um estudo publicado em 2011 estimou em 60 milhões os portadores da doença no mundo, 8 milhões dos quais já cegos nos dois olhos. A projeção é de que no ano 2020 haverá 80 milhões de glaucomatosos no mundo.
O mais grave é que cerca de 50% dos que já têm a doença não têm conhecimento disto, porque ela é, quase sempre, silenciosa e de evolução lenta e quando o diagnóstico é feito geralmente já está avançada e mesmo que o tratamento seja bem sucedido, o que já foi perdido não será recuperado.
O glaucoma é uma atrofia progressiva do nervo óptico, o nervo que liga o olho ao cérebro.
À medida que a doença avança, a pessoa vai perdendo o campo visual da periferia para o centro lentamente, o que não é percebido até quando esta perda atinge o centro da visão. No ocidente, a maioria das pessoas glaucomatosas têm a pressão intraocular aumentada, mas o glaucoma também pode ocorrer com a pressão intraocular normal. Portanto, uma pressão intraocular normal não exclui a possibilidade da pessoa ter glaucoma.
O diagnóstico é feito pelo exame de fundo de olho e exames complementares para avaliar se já há alguma lesão (atrofia) do nervo óptico e/ou perda no campo visual, bem como também para o acompanhamento do tratamento, que consiste em baixar a pressão intraocular, mesmo nos casos em que ela seja normal. Não há, no momento, nenhum outro tratamento para tentar impedir a instalação ou progressão da doença, que é sua tendência natural.
Como as lesões da doença são irreversíveis, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar que elas se instalem ou progridam, se já existentes. Portanto, deve-se fazer exames oftalmológicos preventivos anualmente a partir dos 40 anos, especialmente se há casos na família, porque a doença tem também um fundo genético predisponente. Uma vez feito o primeiro exame, o seu oftalmologista o aconselhará sobre a periodicidade mais apropriada das suas consultas preventivas futuras.
As alternativas de tratamento para baixar a pressão intraocular são o uso de colírios, laser e cirurgia. O seu oftalmologista indicará o que for mais apropriado para o seu caso, porque há vários tipos de glaucoma, deixando sempre a cirurgia para última instância, porque não há cirurgia com 100% de sucesso e nem isenta de complicações.
No COA, o corpo clínico é formado por profissionais sempre atentos às novas descobertas e linhas de tratamento, mas dois deles se destacam em seu empenho em combater a doença, seja por seus estudos aplicados em pacientes, seja pela participação em congressos e simpósios sobre o tema. São eles o Dr. Felício e o Dr. Nikias, ambos da diretoria do COA, que dedicam um bom tempo de seus dias a estudar e desvendar, cada vez mais, os caminhos do glaucoma. O Dr. Felício, inclusive, já foi Presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma.
No dia anual de combate ao glaucoma, em 26 de maio, Dr. Nikias vai participar como palestrante do evento de Diretrizes da Sociedade Brasileira de Glaucoma, em São Paulo, e o Dr. Felício como um dos componentes que estão elaborando o texto final do projeto, levando dados e lapidando conhecimento para aplicação na sua rotina médica.
Portanto, se quiser fazer sua rotina de visitas ao oftalmologista para participar na luta contra o glaucoma, pode contar com a gente.
E, mesmo se não for no COA, lembre-se de estar sempre atento à saúde dos seus olhos. Enxergar é um sentido que dá sentido à vida; portanto, não deixe que isso lhe escape pela falta de informação ou cuidados.
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