Por que ocorre catarata em crianças?
Quando o assunto é catarata, a maior parte das pessoas conhece algum idoso que desenvolveu a lesão, certo? Por aqui costumamos dizer que “só não tem catarata quem morre antes da hora”, já que o desgaste é natural – e, atualmente, absolutamente tratável.
Mas nem sempre a catarata é correlata à idade avançada. Apesar de ser um problema mais comum entre os idosos, em função do envelhecimento do cristalino, a doença pode acometer crianças. Nesse caso, elas podem já nascer com a patologia ou manifestá-la nos primeiros anos de vida.
A catarata deixa o cristalino mais opaco e, assim, as imagens não chegam nítidas na retina. Essa lente natural é responsável por possibilitar o foco da visão em diferentes distâncias. Se não for corretamente tratado, o problema pode evoluir e levar à cegueira.
Diagnóstico da catarata infantil
Uma das maneiras de diagnosticar a doença em crianças é através do teste do olhinho, feito ainda na maternidade.
As causas para incidência da catarata em bebês podem estar relacionadas a doenças hereditárias, como a galactosemia, ou resultantes de alguma doença infecto-contagiosa que a mãe já possuía. Existem patologias contraídas durante o período gestacional que também podem levar à catarata infantil. Toxoplasmose, rubéola, sífilis e herpes são algumas síndromes que tem relação direta com a ocorrência da lesão congênita.
Por isso, é fundamental o acompanhamento pré-natal. Dessa forma, a saúde da gestante é assegurada e possibilita o mapeamento, ainda dentro do ventre, de possíveis deficiências ou disfunções que o bebê pode apresentar. Quanto antes sejam corrigidas ou minimizadas, menores são as sequelas.
Tratamento para catarata infantil
Uma vez diagnosticada a catarata congênita, somente um oftalmologista pode avaliar a melhor forma de tratamento.
O tratamento consiste em cirurgia para extração da catarata, na qual implanta-se uma lente de acrílico ou silicone para substituir a lente natural (cristalino).
Quando removida a catarata de um olho, a qualidade da visão no olho operado tende a ser inferior (supondo uma visão seja normal). Por essa descompensação, o cérebro pode considerar somente a imagem com melhor qualidade, ignorando a imagem do olho prejudicado.
Caso essa condição não seja revertida até em torno dos 12 anos de idade, a deficiência visual torna-se permanente, passando a ser considerada uma ambliopia.
Para estimular que o olho tratado desenvolva normalmente a capacidade de enxergar, o outro olho pode ser submetido ao uso de tampão ou colírio que embaça propositalmente a visão.
Não subestime o acompanhamento oftalmológico na fase infantil!
O diagnóstico precoce é a melhor forma de tratar qualquer doença e impedir suas complicações. É importante que o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), feito no neonatal, seja repetido de duas a três vezes ao ano, nos primeiros três anos de vida da criança.
Ao detectar qualquer alteração, o infante deve receber a assistência médica especializada adequada.
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