O que é ceratocone e como ela afeta a visão
Você sabia que em 10 de novembro é comemorado o Dia Mundial da Ceratocone?
A data foi criada em 2016 pela National Keratoconus Foundation, com o intuito de conscientizar as pessoas sobre uma doença ocular que atinge 1 a cada 2.000 pessoas.
Dentre os problemas oftalmológicos dispostos na literatura médica, a ceratocone pode ser considerada uma das mais graves.
O que agrava ainda mais essa questão é o fato dela ser uma doença rara e que tem difícil diagnóstico, já que nem todos os profissionais são especializados no tema.
Mas, afinal , o que é ceratocone e como ela afeta a visão?
Ceratocone é uma doença não inflamatória, rara, de caráter genético e evolução lenta que afeta a estrutura da córnea.
A doença atinge exatamente a camada fina e transparente que é a córnea e que recobre o globo ocular. Em pacientes com ceratocone, ela é empurrada para fora, formando uma saliência em formato de cone.
Essa condição altera a transparência e curvatura da córnea, comprometendo significativamente a visão. Isso porque impede a projeção de imagens nítidas na retina, tanto quanto promove o aumento do grau de astigmatismo e miopia.
A doença atinge hoje aproximadamente 150 mil pessoas, por ano, no Brasil. A saber, o ceratocone se manifesta entre os 10 e 25 anos, mas pode avançar até a quarta década de vida ou se estabilizar com o tempo.
Ao passo que ela pode afetar os dois olhos, a condição pode ocorrer de maneira assimétrica. Ou seja, um olho pode ser mais comprometido do que o outro.
Normalmente, os sintomas do ceratocone incluem:
- Perda progressiva da visão;
- Visão borrada e distorcida;
- Aumento frequente do grau das lentes;
- Fotofobia (sensibilidade à luz);
- Comprometimento da visão noturna;
- Diplopia ou visão dupla;
- Formação de múltiplas imagens de um mesmo objeto (poliopia);
- Formação de halos ao redor das fontes de luz.
Como diagnosticar a doença
A avaliação de um oftalmologista é essencial para o diagnóstico de ceratocone.
Nesse momento, apenas ele poderá fazer um levantamento clínico do paciente, investigando as queixas de perda de visão, defeitos de refração e possíveis casos na família.
A partir de então é realizada uma série de exames para se chegar ao diagnóstico, tais como tomografia, microscopia especular da córnea (fotografia das células da córnea) e aberrometria (estudo os defeitos refracionais), etc.
Quais os tratamentos para a doença?
Nas fases iniciais da doença, quando a deformação não é grave, a utilização de óculos pode ser suficiente para que o paciente recupere a acuidade visual.
Contudo, a ceratocone é progressiva e outros tratamentos precisam ser inseridos para ajustar a superfície da córnea.
Embora não exista cura para a doença, existem diversos tratamentos avançados, que devem ser indicados pelo oftalmologista, conforme cada caso. Seguem alguns exemplos dos mais comuns:
Anel intracorneano
Também conhecido como anel de Ferrara, é utilizado para regularizar a curvatura da córnea. Geralmente é utilizado quando os óculos e lentes já não produzem o efeito desejado.
Crosslinking
O tratamento promove uma ligação mais firme entre as fibras de colágeno da córnea, evitando que ela fique curvada.
Consultas periódicas
O diagnóstico de ceratocone não se limita apenas ao uso de óculos ou aos tratamentos citados. É preciso realizar consultas periódicas para acompanhar e avaliar constantemente a evolução da doença.
Por isso, os especialistas do COA estão à sua disposição com profissionais especializados para realização de consultas, exames e indicar os tratamentos mais adequados. Entre em contato com a nossa equipe e agende uma visita!
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