Oftalmologistas de BH alertam para cuidados com os olhos durante inverno
Você sabia que, no inverno, estamos mais expostos a contrair doenças oculares? Na estação mais fria do ano, fatores como o clima seco, baixa umidade e aumento da concentração de poluentes no ar favorecem a redução da lubrificação natural dos olhos. Isso se dá devido à evaporação da camada aquosa da lágrima.
Por esses motivos, especialmente nessa época é preciso ficar atento aos sintomas característicos das doenças oculares e procurar um oftalmologista se identificar algum ou vários deles.
Dentre as principais patologias oculares agravadas no inverno, podemos destacar conjuntivite, ressecamento e alergias. Abaixo, falamos um pouco mais sobre cada uma delas.
Conjuntivite
Se trata da inflamação da conjuntiva. Pode ser alérgica, viral ou bacteriana. No inverno, as duas primeiras costumam ser mais recorrentes.
A alérgica, como indica o próprio nome, é causada pela exposição a um alérgeno. Ao contrário das outras duas modalidades, não é contagiosa. Porém, a coceira provocada pode acabar contaminando os olhos ou desequilibrando o funcionamento ocular pela alteração do pH lacrimal.
Esse processo, por sua vez, pode desenvolver infecção, favorecendo uma conjuntivite inicialmente alérgica para a evolução do quadro viral ou bacteriano.
A conjuntivite viral é contagiosa e causada pelo adenovírus, mesmo vírus da gripe comum. Portanto, o paciente com conjuntivite possivelmente também estará gripado.
Essa modalidade é mais suscetível no inverno não só pelo aumento dos casos de gripe, mas, também, pela maior tendência das pessoas a permanecer mais tempo em ambientes fechados.
Ressecamento (Síndrome do Olho Seco)
O ressecamento é mais comum no inverno por acometer principalmente pessoas expostas a vento, ar seco e baixa umidade. Também pode ser causado pela exposição frequente ao ar-condicionado ou telas de computador e celular.
Além disso, há causas intrínsecas, como a pré-disposição ao ressecamento da mucosa e distúrbios hormonais – tornando-se frequente em mulheres em fase de menopausa.
A síndrome do olho seco se caracteriza pelo distúrbio da lubrificação ocular e afeta a superfície do olho, causando ardência, irritação, coceira, embaçamento visual e alta sensibilidade à luz.
A baixa umidade característica do inverno estimula a perda de lágrima por evaporação. Para controlar esse sintoma, recomenda-se ingerir bastante água, para que as mucosas dos olhos fiquem umedecidas. Além disso, em consulta clínica, o oftalmologista pode recomendar o uso de algum colírio lubrificante.
Alergias Oculares (conjuntivite alérgica, alergia primaveril, atópica)
Crises alérgicas também se intensificam com a chegada do inverno.
As alergias são caracterizadas por uma resposta exagerada do sistema imunológico a fatores irritantes, chamados de alérgenos. Nos olhos, os agentes mais comuns são ácaro, poeira, mofo, produtos de limpeza e pelos de animais.
A alergia ocular é mais frequente em indivíduos portadores de outras alergias, como pele atópica, asma e rinite. Os sintomas comuns são:
- lacrimejamento;
- vermelhidão;
- desconforto;
- fotofobia;
- inchaço das pálpebras;
- coceira intensa.
Vale lembrar que nem toda alergia ocular se manifesta da mesma forma. A maioria é, de fato, caracterizada pelos sintomas mais clássicos (prurido ocular e desconforto), porém sem ameaçar a visão. Contudo, existem casos que podem gerar manchas na córnea, com risco de embaçamento visual definitivo.
Alergias, como a primaveril e atópica, costumam ser crônicas e podem se manifestar em várias crises durante o ano. Nesses casos o tratamento parte da identificação do alérgeno, seguido da tentativa de evitar o indivíduo a sua exposição. Recomenda-se evitar o uso de cortinas, carpetes e pelúcias, além de lavar roupas de cama com maior frequência, deixando-as secar ao sol.
Em consulta clínica, o oftalmologista pode prescrever o uso de colírios anti-histamínicos e corticoides.
Fique atento!
Sintomas e irritações oculares, por mais que pareçam passageiros, podem gerar alterações significativas, principalmente quando o desconforto estimula a coceira. Coçar os olhos pode levar a lesões na córnea ou gerar secreções que podem evoluir para uma conjuntivite bacteriana, que necessita cuidados específicos e o uso de antibióticos.
Também alertamos para os perigos da automedicação: faça uso de colírios apenas de acordo com a supervisão de um oftalmologista e pelo tempo recomendado. A administração incorreta de medicamentos por via oftálmica pode ocasionar catarata, aumento da pressão ocular e glaucoma com cegueira irreversível.
Nossa equipe médica pode te ajudar a solucionar problemas oculares que surjam no inverno (ou em qualquer outra estação do ano!). Sente algum desconforto nos olhos? Agende sua consulta!
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